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"Já se estão a fazer sentir os cortes". Dinheiro da ajuda humanitária começa a ser desviado para defesa

por Antena 1
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Tiago Petinga - Lusa

O subsecretário geral das Nações Unidas, Jorge Moreira da Silva, avisa que os cortes à ajuda humanitária de vários países estão a ser sentidos pelas populações de países em dificuldade.

"Na mesma altura em que os Estados Unidos assumiram essa nova posição, outros países também reduziram a ajuda humanitária e ao desenvolvimento, deslocando-a para a área da defesa", diz Jorge Moreira da Silva à Antena 1.

De visita a três países africanos - já passou pela Somália e pelo Sudão, país onde se assinalaram dois anos de guerra, e estará na Etiópia - o dirigente da ONU vê cada vez mais dificuldades no trabalho em vários países que precisam de ajuda.

"Já se estão a fazer sentir os cortes", realça, numa altura em que "as necessidades nunca foram tão grandes".

Ao mesmo tempo "a ajuda humanitária está a ser reduzida", considera.
Três casas de banho para mil pessoas

Jorge Moreira da Silva dá um exemplo do Sudão, onde visitou um campo de deslocados onde funciona uma escola para crianças. 

Nesse local, as pessoas vivem em tendas há dois anos e em "condições muito precárias".

"Os ouvintes da Antena 1 ficarão surpreendidos quando eu disser que para mil pessoas existem três casas de banho", relata.
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Já na Faixa da Gaza, a situação é igualmente dramática, com o subsecretário geral da ONU a sublinhar que a ajuda humanitária não entra no enclave palestiniano há dois meses por causa do bloqueio de Israel.

"Nós estamos impossibilitados de entrar e distribuir ajuda humanitária", diz Jorge Moreira da Silva, apontando que são "inaceitáveis" as condições que Israel tem colocado para a realização desse trabalho.
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Ontem, o ministro da Defesa israelita rejeitou retomar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde garantiu que as suas tropas vão permanecer, tal como nas zonas ocupadas no Líbano e na Síria.

"Interromper a ajuda humanitária reduz o controlo do Hamas sobre a população", defendeu Israel Katz.

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